Natureza e Espiritualidade

Geralmente, "natureza" é a palavra para tudo o que vive e para todos os fenoménos naturais que existem na terra e no universo. Muitas vezes, o ser humano é representado como contrário ou como inimigo da natureza. Isso não é uma surpresa, porque a civilizaçao já causou muito dano e poluição ambiental.

Mesmo assim, é um erro entender o ser humano como separado da natureza. Ele é uma parte dela, como tudo o que vive. Certamente, seria bom para a natureza se o ser humano entender ele mesmo como parte dela, e não como "coroa da criação" nem como "destruidor malévolo".

Nos tempos mais antigos, durante a evolução da "civilização" de hoje, os seres humanos ainda tinham mais contato com os seres vivos (animais, plantas etc.) e com a natureza inanimada (montanhas, os elementos etc.). Em muitos povos indígenas, isso ainda é o caso hoje. Existem inúmeros contos e lendas sobre espíritos e deidades da natureza, os quais moram nas florestas, montanhas ou nos rios.

Talvez algumas dessas histórias não são simples fantasia e ficção, mas talvez é até muito provável que as culturas antigas estavam mais conscientes de que tudo em volta de nós é, de certo modo, animado. Durante o triunfo das ciências materiais, a natureza foi "desanimado", degradado a um fenómeno puramente material. Mas recentemente, as ciências modernas têm reconhecido novamente – passo a passo – que a vida tem que ser mais do que átomos e reações químicas.

Nem uma romantização e glorificação, nem uma atitude puramente científica com orientação material, seriam bom para a nossa relação com a natureza. Pelo contrário: isso também nos aliena da nossa própria natureza humana. E nós temos uma tendência para negar a nossa natureza humana, assim prejudicando nós mesmos.

Do que o ser humano precisa é o reconhecimento de que tudo em volta dele está vivo, e tudo em volta dele tem o direito de viver – do irritante e minúsculo mosquito até a gigantesca sequoia, a maior árvore da terra. Temos que aprender respeito para a vida; e se possível, no segundo passo, também aprender amor para tudo que vive e para todos os fenómenos e construções da natureza. Tudo que existe em volta de nos tem a sua beleza e a sua razão de ser.

As ciências naturais fornecem conhecimentos importantes, mas elas não devem nos levar a negar a alma da natureza, a consciência que se releva e está ativa em tudo. Não é correto reconhecer a natureza somente pelo raciocínio. Experiência e percepção profunda – espiritualmente e emocionalmente – são importantes também para realmente entender a vida com a qual nós estamos compartilhando o planeta. Com os artigos seguintes, quero contribuir para essa mudança da mentalidade.

Natureza e Transcendência

Há vários relatos e experiências que sugerem que os animais têm uma alma, a qual continua a existir depois da morte. Além disso, foi comprovado que os animais podem perceber falecidos/ espíritos presentes; a comunicação telepática foi documentada por várias vezes. Mesmo que os animais sejam inferiores ao ser humano em relação à inteligência, parece que eles ainda têm uma ligação mais pura com a origem transcendente deles. Às vezes, esse fenómeno também ocorre em crianças.

Até as plantas são muito mais vivas do que parece. Há teorias ocultas, as quais dizem que tudo é permeado de consciência – até as pedras, a água, as nuvens e todos os objetos os quais parecem inanimados – será que essas teorias são a verdade? Talvez isso não é verificável no sentido mundano, mas é uma teoria interessante. Ela faz nos pensar e exige que tratarmos a vida com mais cuidado e responsabilidade.

De qualquer forma, parece que a teoria é verdade para todos os seres vivos – como nós, eles são permeados de energia vital e de consciência.

 

Capítulos aqui (em construção):

I. Alma dos Animais

 

 

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