Glossário

Amrita

Amrita (do Sânscrito) é o "néctar da imortalidade" no ioga. Na Índia, o amrita é simbolizado por um jarro. Na introspecção, o amrita pode ser visto como líquido dourado, com o sabor de néctar. Na minha opinião, o amrita surge da transformação de ectoplasma (veja: ectoplasma) no chacra cardíaco, com a ajuda dos chacras da cabeça. Na opinião dos teósofos e os iogues indianos, o amrita é gerado no palato, onde fica o soma chacra. Segundo os ensinos do ioga, ele pode ser estimulado pelo Khechari Mudra (a língua é movida para a parte posterior do palato). Também veja: ouro líquido.

Aura

É um campo sutil (energético). Para um vidente, a aura pode dar informações sobre a saúde ou a evolução espiritual da pessoa. Uma tal evaporação sutil (radiação) pode emanar de diferentes corpos sutis. A aura é chamada "aura etérica", "aura astral", "aura do corpo causal" etc., dependente do tipo de corpo sutil do qual ela emana.

Bioplasma

Especialmente os parapsicólogos da Europa do Leste preferiram esse termo para o corpo etérico (lá, é presumido que esse corpo pode ser tornado visível pela fotografia Kirlian). O termo foi estabelecido em 1966 pelo cientista russo V. S. GRISHENKO como descrição do 5to estado de agregação (os outros estados sendo sólido, líquido, gasoso, plasmático). Segundo GRISHENKO, o bioplasma é um sinônimo de "energia vital".

Catalepsia projetiva/ catalepsia astral

Também chamado paralisia noturna ou paralisia do sono.

Durante o sono, tem um mecanismo de segurança o qual nos impede de fazer fisicamente os movimentos que estamos fazendo no sonho. Esse mecanismo é a razão por qual a pessoa não pode mover o corpo durante esse estado.

Normalmente, nós não sentimos o corpo físico durante os sonhos. Mas tem exceções: pode ocorrer que algumas pessoas entrem num estado entre sono e acordar. Nesse caso, o mecanismo de paralisia ainda está ativo, mas ao mesmo tempo a pessoa começa a pensar normalmente – ela está consciente. Assim ela percebe que ela não está capaz de controlar o corpo deliberadamente. Muitas vezes, esse estado causa pânico.

Chacra

Os chacras são vórtices energéticos. O conceito dos chacras é, atualmente, bem aceito no ioga e no espiritualismo. No ioga indiano, os chacras são entendidos como centros os quais são essencialmente importantes para a transformação espiritual e o desenvolvimento de forças mágicas/ espirituais.

Consciência

Em religiões diferentes, "consciência" é entendido como "ser perceptivo". Segundo o Tantra (veja: Tantra), a consciência pode existir independentemente de um veículo (= corpo) e ela é entendido como origem primordial de tudo que existe. Esse princípio é representado por Shiva (masculino). A força vital dentro da criação é chamado Shakti e ela é, muitas vezes, representada por uma deusa ou fada.

Cordão de Prata

Também chamado cordão astral, cordão de luz, cordão fluídico, laço vital, fio de prata. O termo se refere a uma conexão, semelhante a um cordão, entre o corpo físico e o corpo etérico. Um fato importante é que o corpo etérico contém o corpo astral. A rigor, o corpo etérico é composto do corpo astral e duma parte da energia etérica ainda aderindo ao corpo astral depois da separação. Enquanto a pessoa está nesse estado etérico, o cordão de prata simplesmente constitui uma ligação entre essa parte da energia etérica e a outra parte da energia etérica a qual ficou com o corpo físico da pessoa. Quando a pessoa muda para o estado astral, essa energia etérica volta para o corpo físico por meio do cordão de prata, e a partir daí, o corpo astral pode se movimentar livremente. Isso é a razão por qual o cordão de prata não pode ser visto em estados puramente astrais.

Na verdade, o termo "cordão de prata" foi primeiramente mencionado no Antigo Testamento, Eclesiastes 12:6 ("Sim, lembre-se dele, antes que se rompa o cordão de prata …").

Corpo astral

Também simplesmente chamado "o astral". Ele é o nosso corpo transcendente e espiritual, é composto de matéria sutil. Geralmente, a sua aparência é uma reprodução do corpo físico.

Corpo etérico/ corpo fluido

Esses termos – ambos uma escolha infeliz – se referem a uma aparência energética sutil (mas ainda relativamente denso) do ser humano. O termo corpo etérico foi caraterizado pelos teósofos, especialmente por HELENA PETROVNA BLAVATSKY (1831 – 1891) e por CHARLES WEBSTER LEADBEATER (1847 – 1934).

PARACELSO (THEOPHRASTUS BOMBAST VON HOHENHEIM, 1493 – 1541) descreveu um "corpo sidérico". Esse termo se referiu a uma coisa semelhante ou talvez a mesma coisa como o corpo etérico.

Na teosofia, o corpo etérico é entendido como uma ligação entre o corpo astral (transcendente) e o corpo físico (material). Na verdade, o corpo etérico não é um "corpo" nesse sentido: ele é composto do corpo astral e da energia etérica (mais densa) a qual ainda está aderindo ao corpo astral depois da separação. Quando a pessoa muda completamente para o corpo astral (normalmente isso acontece após duma distância certa do corpo físico, cerca de 10 – 20 metros), a energia etérica está retirada e volta para o corpo físico. Só depois disso, o corpo astral pode se movimentar livremente.

Outros termos para o "éter" no sentido mencionado: chi, ki, prana, fluido. Também veja "bioplasma", "ectoplasma" e "od".

Corpo fluido

É uma outra palavra para o corpo etérico. Os franceses preferiram esse termo. Especialmente HECTOR DURVILLE (1849 – 1923) e ALBERT DE ROCHAS (1837 – 1914) estudaram muito o corpo etérico/ fluido.

Deidade, divindade

O termo deidade (deus, deusa) é um termo muito impreciso e pode se referir a coisas muito diferentes, porque as várias religiões, culturas ou práticas têm definições diferentes. Na Europa e no Oriente Médio, as deidades são entendidas como os reis do céu. Na Índia, as deidades (em Sânscrito: devas) são seres imortais de um plano superior – entre eles, há reis do céu, mas também demônios, fadas, bruxas, xamãs, iogues e outros. No budismo, as deidades são vistas como seres que vivem uma vida temporária no céu.

No Maha Ioga, o termo se refere a inteligências que vivem além do continuum espaço-tempo, num estado de consciência universal. Pode acontecer que uma deidade escolha um iogue/ uma yogini como o protegido dela. Nesse caso, a deidade vai guiar o iogue/ a yogini e vai comunicar em maneiras diferentes com ele/ ela.

Despertar falso

O termo "despertar falso" se refere ao estado seguinte: a pessoa sonha que ela se levanta e faz as coisas típicas que ela normalmente faz de manhã (vestir-se, tomar o café da manhã etc.). Segundo a minha opinião, esses não são sonhos normais. É provável que, nesse estado, a pessoa está no seu corpo astral e faz os automatismos normais com ele. Nesse caso, o corpo astral é controlado pelo subconsciente, o qual já está (na manhã) cheio de pensamentos sobre o levantar.

O despertar falso pode ser um estado inconsciente, semiconsciente ou consciente – as transições são fluentes. É possível induzir esse estado de propósito e usá-lo para entrar numa EFC (experiência fora do corpo). Quando a pessoa induz o estado intencionalmente, o conteúdo do despertar falso muda, porque a pessoa não tem mais a intenção de se levantar e tomar o café da manhã. Em vez disso, a pessoa p. ex. está meditando e quer continuar meditando, assim ela vai levar essa atividade de meditação para o estado extracorporal.

Duplo etérico

Um outro termo para o corpo etérico. O termo "duplo" indica mais claramente que esse veículo não é um "corpo" nesse sentido, como explicado em: Corpo etérico/ corpo fluido.

Ectoplasma

O ectoplasma é uma efusão etérica muito densa, a qual é considerado responsável para vários fenômenos de poltergeist.

O ectoplasma é criado por um processo alquímico interior no abdômen. Pode ser emitido do corpo em maneiras diferentes. Ele pode evaporar da inteira superfície do corpo como um tipo de névoa. Na manifestação mais densa, o ectoplasma pode fluir lentamente de vários orifícios do corpo (especialmente da boca) como mel; nesse caso ele vaporiza nas margens.

Ele tem uma cor entre cinza claro e escuro. Ele não é necessariamente homogêneo e pode conter material granulado. Em alguns experimentos, o ectoplasma pôde ser fotografado. Houve tentativas de fazer várias medidas no ectoplasma, mas os testes tiveram resultados muito diferentes sem nenhuma significância (condutância elétrica, ALBERT FREIHERR VON SCHRENK-NOTZING, 1862 – 1929, Munique, físico e parapsicólogo).

Para pesquisar fotos do ectoplasma na internet, você pode também usar o termo "teleplasma".

EDC

Veja: Experiência dentro do corpo

EFC

Veja: Experiência fora do corpo

Estado hipnagógico

É um estado antes do adormecer. Por um lado, a pessoa ainda está acordada, mas por outro lado, a pessoa já está vendo imagens ou cenas muito breves, também ouvindo sons etc. É a fase preliminar do sonhar.

Estrutura interior do ser humano

Nós estamos estruturados como uma cebola. A parte mais profunda é o eu superior – a parte eterna e divina dentro de nós. Quanto mais distante as camadas são do eu superior, mais caraterizadas eles são por uma consciência individual, e mais separadas eles são do coração divino. O mais distante é o corpo material.

Eu superior

(também veja: Estrutura interior do ser humano)

Esse termo foi caraterizado pelos teósofos. Ele se refere ao aspeto superior do ser humano; um aspeto imortal e permeado pelo divino. Esse aspeto é superior à parte individual a qual é sujeito à reincarnação.

Experiência dentro do corpo (EDC)

Esse termo se refere à percepção de ocorrências astrais dentro do corpo. Isso quer dizer: a pessoa está em meditação ou imersão espiritual e perceba fenômenos astrais, embora ela não tenha deixado o corpo físico com o corpo astral (por exemplo, a pessoa percebe uma entidade extrafísica ou do fluxo energético dentro do corpo etérico durante a meditação).

Experiência fora do corpo (EFC)

Também chamado OBE (inglês: out-of-body experience). Refere-se ao estado no qual a consciência da pessoa está no corpo etérico ou no corpo astral. A pessoa pode andar pelo mundo do além em planos astrais diferentes, mas ela sempre fica conectado com o corpo físico e pode voltar quando quiser. O termo EFC e um termo geral para tipos diferentes de estados fora do corpo, que podem ser viagens nos planos astrais, excursões com o duplo etérico, ou até apenas a fase da dissociação do corpo físico. Também veja: Viagem astral.

Forma de pensamento

Também chamado forma-pensamento ou forma mental. Segundo C. W. Leadbeater e A. Besant, as formas de pensamento são estruturas que se formam na aura do ser humano. Essas formas ocorrem quando a pessoa forma uma imaginação vivaz e emocional (imagens de objetos) ou quando a pessoa está emocionalmente agitada (turbulências áuricas, que podem sair do campo áurico). Também existem formas de pensamento coletivas, como elas surgem p. ex. em concertos.

IBE

Abreviação para "in-body-experience". Veja: "Experiência dentro do corpo"

Imersão espiritual

Pode ser entendido como um tipo de meditação profunda, mas na imersão espiritual, a pessoa está se concentrando no interior dela ("ouvir para dentro"). O fim da imersão é alcançar formas de consciência mais altas dentro de si mesmo, mas sem expectativas e exigências do ego. A chave é entregar-se à consciência divina e ser guiado de dentro.

Ioga

Veja "Yoga"

Iogue

Veja "Yogi"

Kundalini

É uma palavra do Sânscrito. Originalmente, o significado do termo é "enrolado". A Kundalini é uma força sutil dentro do ser humano, que pode se manifestar em várias formas – p. ex. como energia ou como consciência. Quanto mais interiormente desenvolvida a pessoa, quanto mais puras e altas são as manifestações dessa força.

Matéria sutil

Um termo usado para todas as formas de "matéria" que não pertencem ao físico (material). É um termo muito impreciso e, como tal, é usado especialmente quando a pessoa não se refere a um tipo certo de matéria sutil (que pode ser p. ex. etérico, astral etc.).

Nadi

Um canal energético. Tem três canais principais (Sushumna, Ida, Pingala) e muitos canais subordinados.

Od

"Od" é um outro termo para éter, chi, prana, bioplasma, fluidal.

O termo "od" foi introduzido por KARL FREIHERR VON REICHENBACH. Ele era um químico, naturalista, industrialista e o descobridor do creosote e da parafina. Reichenbach fez pesquisas profundas na área da "força ódica" e descobriu que essa força é polarizada, criando emanações polares em objetos e pessoas. Ele usou a ajuda de pessoas "sensitivas" que observaram essas emanações.

Paralisia noturna/ paralisia do sono

Veja: catalepsia projetiva/ catalepsia astral.

Pesadelo

A rigor, um pesadelo não é um "sonho mal" mas é uma percepção consciente da paralisia noturna (veja: paralisia noturna/ catalepsia projetiva). A incapacidade de se mover causa medo. Além disso, a respiração pode se tornar superficial e assim, a sangue se torna mais pobre em oxigênio nesse estado (porque ele acontece, geralmente, na posição dorsal). Nessas condições, um certo centro no cérebro causa pânico. No estado intermediário entre sono e vigília, percepções oníricas podem ocorrer nas quais o subconsciente (por pânico) cria ilusões de ataques de entidades externos. Isso é o pesadelo no seu sentido original.

Polaridade

Quando ouvimos o termo "polaridade" num contexto esotérico, pensamos instantaneamente na polaridade no sentido de "bem e mal" – devido ao fato de que nós estamos influenciados pelas religiões. No Tantrismo, a polaridade não é entendida nesse ponto de vista ético. Segundo os ensinos tântricos, as polaridades são tensões, as quais – devido à sua dinâmica – formam a criação e os acontecimentos inerentes. Eles são iconograficamente representadas como um casal complementar (p. ex. Shiva e Shakti).

Psicógono

Um termo usado na parapsicologia. Refere-se a uma forma-pensamento durável a qual é formada e controlada por uma pessoa ou por um grupo de pessoas. O controle do psicógono ocorre inconscientemente e por isso, esse fenômeno parece possuir uma individualidade independente. Mas o psicógono é somente uma marionete.

O termo "psicógono" foi caraterizado no decorrer do "Philip Experiment" em 1972 em Toronto, Canadá. Nesse experimento, um grupo de pessoas criou e observou um psicógono coletivo, sob a direção de um parapsicólogo. Os resultados foram excepcionais. As sessões espíritas com fenômenos telecinéticos surpreendentes também foram apresentadas em público na televisão.

A personalidade fictícia se chamava "Philip". Esse psicógono foi construído muito detalhado pelo grupo de experimentadores. "Philip" se manifestou como um ser com todas as caraterísticas e com as suas "recordações" de uma "vida passada" exatamente como construído pelo grupo.

Reincarnação

Renascimento. Quando uma pessoa renasce, ela pode ter – segundo os ensinos tântricos – caraterísticas diferentes do que na última vida. Uma parte dos erros psíquicos/ emocionais e a impuridade são limpadas na próxima incarnação por meio de uma combinação de vários restos das incarnações anteriores. Isso quer dizer que a próxima incarnação não é inteiramente uma continuação da incarnação anterior, mas é uma combinação de caraterísticas diferentes de várias vidas anteriores.

Shakti

No ioga tântrico, Shakti contém todos os aspetos de energia, movimento, dinâmica e corpo. Num aspecto cósmico, Shakti é representada pela mãe cósmica, Mahadevi, Parvati etc. Na verdade, cada deidade feminina é a Shakti (o aspecto criativo e visível) de uma deidade masculina. Shakti pode se manifestar na escala de compactação começando com a forma mais espiritual (a matéria mais sutil) até o terreno no ser humano (a matéria mais densa). Num sentido energético e funcional, isso significa que, na escala dos chacras, manifestam-se diferentes aparências da Shakti, começando com o terreno (Muladhara Chacra) até aos chacras da cabeça, onde se manifestam as formas cósmicas da Shakti.

Na psicologia profunda (segundo C. G. JUNG), Shakti pode ser entendida como libido personificado ou como Anima.

Shiva

Segundo o Tantra, Shiva é o criador e o preservador do mundo, e também aquele quem desfaz o mundo. Dele nasce e falece a criação, a qual pode ser visto como o ciclo de respiração do Shiva. Esse ciclo de nascer e dissolver é um processo que ocorre em cada indivíduo. Quando o processo é completo, o ser se encontra na consciência de Shiva, fora do espaço-tempo (quase idêntica com o Nirvana). A dissolução nessa consciência de Shiva é o objetivo das antigas disciplinas dos sadhus e iogues. Esse objetivo é atingido pelo ascetismo, a superação do apego à criação, e também pelos atributos diferentes da morte (simbolicamente).

Viagem astral

Viagem em planos (dimensões, mundos) transcendentes com o corpo astral. Também chamada projeção astral ou experiência fora do corpo (EFC). Muitas vezes, o termo "experiência fora do corpo" é um termo geral para todos os tipos de experiência que uma pessoa pode ter fora do corpo (também no estado etérico), enquanto o termo "viagem astral" é mais específico.

Na medicina, as viagens astrais são entendidas como sonhos lúcidos. Praticamente todas as religiões e culturas xamânicas conhecem a viagem astral, mas, muitas vezes, os relatos são vagos e o princípio subjacente não pode ser mais identificado (somente os conteúdos são relatados, mas não o processo e a origem do fenômeno).

Yoga/ Ioga

Tem várias disciplinas do yoga. Recentemente, práticas semelhantes de outras culturas também são chamadas "yoga" (yoga taoísta, yoga tibetano etc.). A maioria dos iogues pratica vários tipos de yoga em combinação e com prioridades individualmente diferentes.

Comparado com o hinduísmo, o yoga tematiza mais profundamente a questão do ser. No nível máximo, o iogue/ a yogini realiza que todas as manifestações da criação, incluindo as deidades, são ilusão. O verdadeiro ser não pode ser descrevido ("neti neti" = não isso, não aquilo). Isso é ensinado na forma mais pura no yoga advaita ("advaita" = não dual).

Yogi (também "iogue"), Yogini

Uma pessoa que pratica yoga e que é experienciada nessa área.

 

© Alfred Ballabene (Viena) traduzido por Corra